Prezado leitor,
Você não sabe o que houve com minha
prima Rashi! Miau, vou explicar desde o começo... Você deve lembrar que meus melhores
amigos vieram morar no Rio. Sim, o João Pedro e o João Filipe, que moravam em
Rio Branco (Acre), são cariocas desde o dia 20 de abril. Há um ano, eles tinham
adotado uma irmã-gatinha, a Rashi, que sempre escreve comentários neste blog. Ela
estava muito feliz com a mudança, ainda mais depois de saber que no prédio onde
eles iam morar tinha lindas samambaias...
Por outro lado, a tia Dani e o tio Evandro,
que são os pais adotivos dela, tiveram um grande trabalho pra organizar a
viagem, pois se mudar com uma família toda não é fácil. Só pra filha adotiva
tiveram que providenciar:
1 – Carteira de vacinação;
2 – Medicamento pra enjoo;
3 - Caixa de transporte onde entrasse pouca luz;
3 - Caixa de transporte onde entrasse pouca luz;
Rashi, no Acre |
4 – Guia de transporte, que é uma faixa que amarram no nosso
pescoço pra nos segurar.
Mas tudo deu certo. Já no aeroporto,
Rashi estava muito feliz, apesar de um pouco assustada com o barulho. Dentro da
caixa, ela ouvia a família se despedir de familiares e amigos e não via a hora
de embarcar. Faltava
pouco pra chegar ao prédio de samambaias, na cidade maravilhosa! Porém, leitor, você não vai acreditar! O sonho da minha prima acabou
no balcão da companhia aérea, miau... Perguntaram à tia Dani:
— A sra. providenciou a reserva do
animal?
— Reserva
do animal?! Como assim?!
Da caixa, minha prima ouviu a
funcionária explicar. É um procedimento necessário pra garantir a saúde da
gente durante a viagem. A reserva devia ter sido feita 72 horas antes, garantindo
o ar pra Rashi respirar dentro do avião. Importante, não? Mas a família não
sabia disso!
Dentro da caixa de transporte, Rashi entrou
em desespero. Se seus pais e irmãos vinham para a cidade maravilhosa, o que ela
faria sozinha em Rio Branco? Sem solução à vista e agarrada à caixa, tia Dani desatou
a rezar para Nossa Senhora. Enquanto isso, como o remédio pra enjoo dá sono, Rashi
dormiu ali mesmo, no balcão da companhia. E logo sonhou!
Num instante, minha prima vinha no
avião, que já pousava no aeroporto Santos Dumont. O dia estava lindo, o sol
maravilhoso e, pela primeira vez, ela via o mar... e suas ondas. “Mamãe tinha
razão!”, miou Rashi, dormindo. “É lindo chegar ao Rio de Janeiro pelo Santos
Dumont!”.
Atenciosamente,
Clarice Sushi
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